Para
Sr. Vilmar Zanchin
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Sr. Alberi Grando/ Sr. Saul Spinelli
Presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, RS
Sr. Pedro Almeida
Prefeito Municipal de Passo Fundo, RS
Nós, que assinamos a seguir, acompanhamos o Instituto MIRA-SERRA em favor da vida e da conservação integral do remanescente de Floresta com Araucárias do bioma Mata Atlântica, na área rural do município de Passo Fundo, RS (coordenadas Google: -28.338081062496745, -52.31729497095527).
Esta floresta corre grave risco de desmatamento! Em tempos de extremos climáticos, proteger este remanescente é importante para o meio ambiente e para a sociedade, pois:
a) permite a sobrevivência de animais silvestres, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como o gato-maracajá, o gato-do-mato-do-sul e a cutia. A fauna nativa é essencial à manutenção dos serviços ecossistêmicos;
b) sua flora, rica e exuberante, abriga a araucária e o xaxim, ameaçados de extinção;
c) protege nascentes de água, contribuintes do Alto Rio Jacuí - importante recurso hídrico que abastece a população local e as demais comunidades à jusante, até chegar na capital gaúcha;
d) presta outros serviços ambientais importantes, como a regulação do clima, o sequestro de carbono e a conservação do solo;
e) exerce a função de corredor ecológico e de fluxo gênico;
f) na região, é uma das últimas florestas contínuas deste tamanho, uma sobrevivente de intenso processo de desmatamento, iniciado no século XIX. O resultado é a situação dramática de Passo Fundo, com somente 5,5% da cobertura florestal original (dados da Fundação SOS Mata Atlântica & Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Por tudo isso, florestas como essa são cada vez mais raras. A Mata Atlântica está entre os cinco primeiros “hotspots” planetários.
Declarada como Patrimônio Nacional na Constituição Federal (1988), também conta com a proteção de lei específica, a Lei da Mata Atlântica (2006).
Além disso, o Brasil assinou a Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB), um tratado internacional sobre a proteção e o uso da biodiversidade.
Proteger este remanescente florestal comunga com uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 (ONU): “Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitats naturais, estancar a perda de biodiversidade e, até 2020, proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas.”
Neste contexto, pedimos:
a) a vossa atenção para a conservação dessa floresta, importante para a vida e para o desenvolvimento econômico sustentável;
b) a recuperação de danos ambientais, porventura produzidos;
c) providências imediatas no sentido de garantir a conservação da área e evitar danos;
d) a adoção de medidas efetivas e permanentes de proteção.
A sociedade e a natureza, antecipadamente, agradecem o vosso empenho nesta causa!
VÂNIA LISA FISCHER COSSEIN
DALVA BAVARESCO DA SILVA
LEVY GONÇALVES DE SOUZA
ROBERT WILCOX
DORVILLE ZOLET CORÁ
MARIA CECILIA DEITOS GIONGO
SONIA MARIA CADORE
DENISE SCARTON ZUGNO
TEREZA MARTA ZUGNO
CESAR AUGUSTO OSORIO DORNELLES
BRUNA KAROLINA SCHUSTER BECKER
TALITA FRANÇA ROZA
MARIA ELIZABETE LOPES DA SILVA
EDUVIGES ARAÚJO DE SOUZA
LEONARDO JAVIER RODRÍGUEZ HERNANDEZ
IARA MARIA SILVA ROJAS
LUIS FERNANDO DE FRAGA SILVA
LUZIA HERRMANN
MARIALDA SCHNORR FORNARI
JERUSA FINATTO
MARCIA ALEXSANDRA DE SOUZA VARGAS
MARGARITA REGINA OCAMPOS Y GASSEN
NEILA VAZ SEELIG
SIMONE CRISTINA MOHR
ELTON TUBINO MAINARDI
ANAI NELI DE REZENDE BRINGHENTI
LEILANE LOPES BARBOSA
THAIS BADAN
CLAUDIA GIOVANI
ROSANA MARIA DA SILVA PINHEIRO
MARCELA CAPRIOLI PEREIRA COELHO
RENI ELIZABETHA BECKER
MARIO ROBERTO GENEROSI BRAUNER
VIVIANE C. DE LIMA
LUIZ FERNANDO MARQUES CANCIAN
ROSANA AGNE XAVIER
DECLAINE FAVERO TOMÉ
PATRICIA MACHA DORNELLES
LUIS FERNANDO SCHOSSLER CARVALHO
CARLOS EDUARDO MACEDO LAMB
HEITOR
MARIA EUGÊNIA UNGARETTI MARQUES
KäTHE SOFIA DA ROSA SCHMIDT
LIGIA BEATRI GOU
LUIZ FELIPPE KUNZ JÚNIOR
DENIANDRO DE ALMEIDA ROCHA
VANIA DARLENE MARTINS
BENNO GRAPENTIN COSTA
ANA LUCIA LAITANO DIAS DE CASTRO
ALINE TOYOHARA
O Instituto MIRA-SERRA é entidade ambientalista, sem fins lucrativos, fundada em 28 out. 2000. É Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (MaB-UNESCO). Tem como objetivo a preservação e a conservação da biodiversidade do bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. Entre suas várias atividades, se destacam a atuação em colegiados (como o CD-FNMA, CONAMA, CONSEMA-RS, CN-RBMA, CERBMA-RS, CC ParNas Aparados da Serra Geral), coletivos ambientalistas (Conselho de coordenação da Rede de ONGs da Mata Atlântica/RMA e Coordenação tripartite da APEDEMA-RS), além do estabelecimento de Termos de Cooperação (a exemplo do Programa PMMA-PRMA da Bacia Hidrográfica do Rio Caí) e de pesquisa científica.
Instituto MIRA-SERRA foi avaliador da RPPN Maragato, em Passo Fundo, para fins de reconhecimento como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 2014. Em outra oportunidade, embora sem evolução, a entidade se disponibilizou a auxiliar na elaboração (gratuita) do Plano Municipal de Conservação da Mata Atlântica. Logo, a atuação no município não é recente, o que ensejou o estabelecimento do Núcleo Planalto Norte do Instituto MIRA-SERRA, com sede em Passo Fundo, RS, que prossegue com ações em defesa do meio ambiente.
